sábado, 10 de setembro de 2011

11 Setembro


Tive a sorte de nascer e viver num país relativamente pacífico. Sorte de nascer numa década sem grandes conflitos, em que não tive que viver sob o pânico das guerras e das revoluções que os meus pais e avós viveram.
Apesar do pouco que ainda vivi, recordo algumas tragédias deste nosso mundo tão pouco compreendido, muitas delas naturais, contra as quais nada podemos fazer, como tsunamis, terramotos, erupções vulcânicas e as piores delas todas, causadas pelo Homem sem medir as consequências desastrosas que podem surgir depois.
Tinha eu 7 anos e lembro-me de chegar da escola e ouvir a minha irmã e a minha mãe dizerem que tinha havido um atentado e que as maiores torres dos EUA tinham sido derrubadas. Se já tinha ouvido falar das torres, na altura não me lembrava e nem percebi muito bem o impacto daquilo. Via na televisão as imagens das torres a caírem e ouvia o número de mortos. Mas não tinha sido no meu pequeno Portugal, não liguei ao que aconteceu.
Hoje voltei a ver as imagens e a ouvir as histórias e desta vez senti e percebi o que um atentado como aqueles significou. Arrepiei-me só se ouvir os relatos de outras pessoas e em vão tentei perceber o desespero das pessoas que ali se encontravam sentiram ao ver as suas vidas a andar para trás. A temerem pelas suas vidas e pelas dos seus familiares.
Posso agradecer por nunca ter vivido na primeira pessoa algo deste género. Por estas bandas fala-se tanto de crise, mas ninguém pensa que algum dia possa acontecer algo assim em Portugal. Porque se acontecesse, e sem termos a força da América poderia ser ainda mais desastroso.
Podia contentar-me em viver num país pacífico, até agora longe de desastres naturais ou provocados pelo Homem. Mas ver que algo assim pode acontecer a poucas horas de distância, só aumenta a minha vontade de viver, de conhecer e sobretudo de aprender. Como se talvez um dia, consiga dar o meu contributo para ajudar  em situações destas, o mais que não seja, a transmitir ao resto do mundo o que pode passar pela cabeça de alguém capaz de destruir assim parte da humanidade sem pensar nas consequências dos seus actos. 



A imagem do desespero... Das piores coisas que já vi.

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