Nunca fui de me contentar com o que tinha. Sempre sonhei com mais, sempre desejei mais, sempre achei que tinha pouco.
Quando o tinha comigo, achava que tinha pouco, queixava-me do que tinha. Achava que dava tanto para receber tão pouco em troca. Quando deixei de o ter, achei que não tinha nada mesmo. Que tinha perdido o pouco que tinha e que afinal era tudo.
Agora vejo que nunca tive com o que me queixar. Aquilo que eu achava pouco, era o sonho de muita gente. E eu sempre a achar pouco.
Depois do fim é que soube dar valor. É que soube ver a princesa em que alguém me transformou ao longo de tanto tempo. Só depois do fim é que soube agradecer as vezes que me sentia a melhor e mais feliz pessoa do mundo. As vezes que sem querer, sem sequer em esforçar, ia ao céu, subia bem alto e ficava lá o tempo que parecia o tempo de uma vida cheia de sonhos.
Agora só quero conhecer o outro lado. O lado que no passado só tive tempo de vislumbrar ao longe, antes de conhecer o de príncipe disfarçado que me fez sonhar.
Até lá, obrigada por me teres dado a conhecer um mundo novo, um mundo mais feliz. Acredita que vou-te sempre agradecer por isso...
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